sábado, 23 de abril de 2016

Uma excelente aula de literatura


Como relatado na última postagem, fui uma aluna traumatizada pelos professores do Ensino Médio, através das leituras obrigatórias, no entanto, tive a oportunidade de ter contato novamente com essas obras “odiadas” através da aula presencial da interdisciplina de Literatura infanto-juvenil e aprendizagem.
Nesta oportunidade, percebi a diferença entre uma aula para vencer conteúdo e uma aula para despertar sentimentos pela literatura. Já conhecia parte da obra Navio Negreiro de Castro Alves, porém a obra nunca havia me emocionado, pois sempre havia feito uma leitura simplória, uma simples decodificação de palavras, no entanto, a forma como a professora nos apresentou a obra, através do vídeo, me fez refletir sobre o assunto, me fez pensar novamente sobre a escravidão, me fez ter vergonha desse período da história.
A professora Ivany conseguiu suscitar em mim emoções que eu nunca havia experimentado sobre essa obra e quão bom não teria sido se minhas antigas professoras não tivessem feito isso por todos os seus alunos.

A literatura e suas provocações...


Não faz muito tempo que comecei a ter amor pela leitura, como relatado por algumas colegas eu também fui traumatizada no Ensino Médio, através daquelas leituras obrigatórias em que eu não lia por prazer, mas sim por obrigação, onde um trabalho precisava ser entregue para conquistar uma boa nota.
Porém, há alguns anos dei-me a oportunidade de ler, simplesmente por ler e descobri como existem livros fantásticos e histórias extraordinárias que fizeram com que eu mudasse meu pensamento sobre a leitura.
Hoje, tenho vários livros na minha estante esperando para serem lidos e uma lista de novas aquisições a ser adquirida. Hoje, consigo entrar em cada história e viajar pelo mundo mágico da leitura, algumas vezes chego a confundir os acontecimentos das histórias com minhas lembranças pessoais, como se quem tivesse vivido determinada situação fosse eu e não a personagem da história. Divirto-me a cada novo acontecimento e fico chateada quando chego ao final de uma história em que eu gostaria de saber sua continuidade.

Teorias sobre o brincar


Sendo o ato de brincar uma atividade importante para o desenvolvimento humano, vários estudiosos publicaram suas conclusões sobre este ato.

Para Donnald Winnicott, existe um espaço potencial ou transicional entre mãe e bebê, onde a mãe precisa frustrar o seu filho não o atendendo em suas necessidades de imediato, para que ele possa mais adiante se separar dela e ter a confiança de que ela retornará.
Esses momentos em que a criança encontra-se sozinha serão preenchidos com objetos, com o brincar e com experiências culturais, dependendo de sua faixa etária.

Para Piaget, o brincar/jogar está relacionado à construção de estruturas mentais enquanto nos desenvolvemos. Ao se adaptar inteligentemente a uma situação, a criança resolve um problema e aprende uma nova relação.
Além disso, ele propôs categorias de jogos: jogo de exercício, período sensório motor; jogo de faz-de-conta ou simbólico, período pré-operatório e jogo com regras, período das operações concretas.

Para Psicologia histórico-cultural, a interação da criança com os membros mais experientes da cultura em situações sociais e concretas vai possibilitando que funções neuropsicológicas passem a um funcionamento de nível superior, mediado pela linguagem.
A brincadeira representa o primeiro momento na construção da imaginação e dá origem a vários processos psicológicos fundamentais no desenvolvimento da criança.

A importância do brincar


A brincadeira faz parte do desenvolvimento da criança.
Ao brincar, a criança tem a oportunidade de soltar a imaginação, criar regras, conhecer e conviver com outras crianças, desenvolver o senso de respeito e responsabilidade, entre outras atividades que possibilitam o seu desenvolvimento físico e mental.
Porém, algumas pessoas ainda não perceberam a importância desse simples ato na vida infantil e acabam menosprezando e não dando oportunidade para que a criança brinque, principalmente nas escolas, onde a vida das crianças é regrada e onde pais e professores preocupam-se em “encher” a criança de conteúdos.
É preciso que os adultos entendam que o brincar deve ser a principal atividade desenvolvida pela criança.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

A não valorização da educação


Relembrando a Aula Magna, fica impossível não refletir a respeito da questão da valorização da educação, na verdade, da falta de valorização da educação.
Como afirma Nuccio Ordine, vivemos em uma sociedade capitalista e quando o assunto é a redução de gastos por parte dos governos, pensa-se logo no corte das verbas para a educação.
Essa questão é muito preocupante, pois a educação deveria ser “a menina dos olhos” de todos os governos, já que se trata do desenvolvimento e da evolução da sociedade.

A utilidade dos saberes inúteis



Enquanto assistia a Aula Magna, pude refletir muito acerca da sociedade em que estamos inseridos.
Vivemos numa sociedade capitalista, onde o único objetivo é o lucro, perdemos o interesse e a curiosidade em aprender, pois estamos mais preocupados em como ganhar dinheiro e sobrevivermos.
Contudo, acabamos transmitindo para nossos alunos essa preocupação com o ser e deixamos de dar valor aos “saberes inúteis” que acabam dando sentido à nossa existência. Lembro-me do professor Catelli (professor de física da universidade) que sentia uma felicidade contagiante ao realizar um experimento para seus alunos e percebo que tiramos esse direito dos alunos ao simplesmente passarmos matéria e mais matéria sem nos preocuparmos em mostrar a eles a beleza da conquista de novos conhecimentos.
A Aula Magna fez lembrar-me de como era bom o tempo em que eu sentia prazer em aprender, pelo simples fato de adquirir conhecimento e não pensando na utilidade dele. Aprender esses “saberes inúteis” e poder compartilhar com os outros realmente é muito gratificante.