domingo, 20 de maio de 2018

A construção da escrita pelos adultos não alfabetizados



Segundo estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, os adultos não alfabetizados criam hipóteses semelhantes às crianças durante o processo de alfabetização, ou seja, eles também passam pelos mesmos estágios:
·         Escrita pré-silábica: há controle de quantidade mínima de letras, variabilidade interna e exigência de não repetir a mesma sequência de letras para palavras diferentes. Não há correspondência entre as letras e sons da palavra.
·         Escrita silábica: neste estágio, pensa-se que, para representar cada segmento da palavra, basta uma letra. Na maioria dos casos, ao grafar dissílabas, os não-escolarizados acrescentam mais uma letra para representar a quantidade mínima de três letras que eles mesmos impõem.
·         Escrita silábico-alfabética: neste estágio, já começa a percepção de que apenas uma letra não basta para representar o segmento sonoro das palavras. Então, convivem a hipótese silábica e a hipótese alfabética: às vezes basta uma letra, às vezes duas.
·         Escrita alfabética: aqui já tem a representação de cada sílaba com duas letras.

HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.

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