domingo, 28 de maio de 2017

Gestão democrática

Como ter uma gestão democrática se não existe eleição para diretores?
Segundo Peroni “a autonomia da escola, a eleição de diretores, o conselho escolar, são alguns pilares que materializam a gestão democrática”.
Infelizmente, no município onde trabalho não existe a eleição de diretores. A função de diretor é uma Função Gratificada (FG) e a pessoa que ocupa o cargo é indicada.
E, de acordo com Batista “numa gestão patrimonialista o quadro administrativo é constituído por dependentes pessoais do gestor (...), amigos (...). As relações que dominam o quadro administrativo não são as do dever ou a disciplina objetivamente ligada ao cargo, mas à fidelidade pessoal do servidor ao gestor”.

BATISTA, Neusa Chaves. O Estado moderno: da gestão patrimonialista à gestão democrática.

PERONI, Vera Maria Vidal. Políticas públicas e gestão da educação em tempos de redefinição do papel do Estado.

Educação de qualidade para todos


Vivemos em uma época em que o acesso à informação é fácil e dinâmico, porém poucas são as pessoas que conseguem compreender e assimilar toda a informação a qual têm acesso. Para entender toda a informação que nos é fornecida, “necessitamos ter acesso à linguagem específica de cada uma das áreas, aos conceitos; e ainda precisamos abstrair, relacionar, para entender e poder posicionar-se frente ao mundo” (PERONI).
Portanto, uma educação de qualidade para todos é imprescindível para que possamos compreender o mundo que nos cerca. No entanto, educação de qualidade não significa somente colocar todos os alunos na escola, mas sim garantir a permanência e o acesso ao conhecimento.
Será que esta educação de qualidade está realmente acontecendo?


PERONI, Vera Maria Vidal. Políticas públicas e gestão da educação em tempos de redefinição do papel do Estado.

A “conquista” de direitos


Segundo Peroni “Vivemos, portanto a tensão entre ter conquistado direitos, inclusive na legislação, mas a dificuldade de implementá-los”.
Infelizmente, a legislação não é cumprida ou simplesmente é interpretada/manipulada como convém a um determinado grupo.
Fico indignada pelo fato de precisarmos entrar com ações judiciais para garantir o cumprimento dos direitos já previstos em lei.

PERONI, Vera Maria Vidal. Políticas públicas e gestão da educação em tempos de redefinição do papel do Estado.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Bons resultados na aprendizagem


Ainda refletindo sobre o texto Conselho de classe: um espaço de reflexão, de Catarina Iavelberg.
Outra frase da autora que me chamou a atenção foi: “bons resultados na aprendizagem aparecem apenas após a mudança nas estratégias de ensino”.
Cabe a nós professores, refletirmos sobre nossas práticas para que de fato essa mudança de estratégia possa acontecer.
Porém, devemos lembrar que, enquanto nossos direitos não forem assegurados, talvez não consigamos tempo hábil para nos reunirmos e discutirmos os assuntos pertinentes à nossa prática docente. Refiro-me aqui à 1/3 da carga horária para hora atividade que no município onde trabalho não é respeitada.
Temos sim que fazer o melhor pela educação, mas não devemos dizer que trabalhamos por amor, como afirmou o professor Carlos Roberto Jamil Cury, devemos lutar pelos nossos direitos e não perder o que já foi conquistado.
Trabalhamos com amor e não por amor! E lutar por melhores condições não significa que não gostamos de nossa profissão.

Conselho de classe: um espaço de reflexão


Na reunião da semana passada na minha escola, a pedagoga nos forneceu um texto intitulado Conselho de classe: um espaço de reflexão, de Catarina Iavelberg.
A autora afirma que “o conselho de classe é uma das poucas oportunidades em que é possível reunir os docentes das diversas disciplinas de um mesmo ano com objetivo de analisar os processos de ensino e de aprendizagem sob múltiplas perspectivas”, apesar de concordar com a autora, preciso admitir que poucas são as vezes em que essa oportunidade é aproveitada. Geralmente, o conselho de classe acontece num curto período de tempo em que não é possível discutir sobre o ensino e a aprendizagem, apenas se discute sobre alguns alunos em particular, os quais apresentam notas baixas.

Infelizmente, ainda precisamos caminhar muito para que o conselho de classe seja um momento de análise dos processos de ensino e aprendizagens. 

Plano Municipal de Educação


Ao assistir ao Vídeo com a Aula Inaugural da Faculdade de Educação da UFRGS, com a fala do professor Carlos Roberto Jamil Cury, sobre o histórico, impasses e perspectivas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN), relembrei minha caminhada na construção do Plano Municipal de Educação do Município onde trabalho.
Quando fui indica para fazer parte da comissão que iria estudar o Plano Federal e o Plano Estadual de Educação para, posteriormente, criar o Plano Municipal de Educação, senti-me lisonjeada. Porém, ao participar dos encontros me senti frustrada pelos seguintes motivos:
1.      Somente algumas professoras foram indicadas para participar.
2.      Nem todas as professoras se fizeram presentes em todos os encontros.
3.      A comunidade estava representada por alguns membros que, nem sempre participavam.
4.      Era muito trabalho para ser feito e pouco tempo para discutir.
5.      Algumas metas já não estão sendo cumpridas.
6.      Antes da apresentação à comunidade algumas mudanças foram feitas sem o conhecimento de todos os integrantes da comissão que elaborou o documento.

Contudo, senti um descaso com a educação. Depois de vivenciar todos esses momentos, percebi que nem sempre quem está no poder para melhorar a vida de todos está interessado em fazer isso, mas sim está interessado em assegurar que o seu partido fique de bem.

domingo, 14 de maio de 2017

Patologias da Vida Adulta - Depressão


Como trabalho de pesquisa da Interdisciplina Psicologia da Vida Adulta, nosso grupo escolheu como tema Patologias da Vida Adulta, mais especificamente a depressão.
Estamos lendo vários materiais e estamos descobrindo muito sobre o assunto, apesar dele ser algo atual, percebo que pouco conheço sobre o mesmo.
Dentre o que pesquisamos, achei interessante o fato de apesar da depressão ser considerada por muitos o “mal do século”, e, de certa forma, uma doença da atualidade, estudos comprovam que ela sempre existiu, no entanto, ela recebia outras nomenclaturas. Registros bíblicos relatam personagens como “Jó e o Rei Saul, apresentando sintomas de depressão, tendo este último cometido suicídio e o primeiro sido exemplo de paciência, fé e perseverança” (Teodoro, p.32, 2009). Há relatos também, que no período de escravidão no Brasil, alguns escravos eram acometidos por uma doença denominada “banzo”, que se caracterizava por uma espécie de tristeza e nostalgia por estarem longe de sua pátria e de suas famílias e por estarem privados de sua liberdade.

TEODORO, Wagner Luiz Garcia. Depressão: corpo, mente e alma. Uberlândia – MG: 2009.

domingo, 7 de maio de 2017

Projeto de Aprendizagem

Durante minhas aulas de matemática, estou desenvolvendo o trabalho da disciplina Projeto Pedagógico em Ação com alunos do 7º ano.
Ao iniciar o trabalho deparei-me com um fato que me deixou muito preocupada: quando pedi aos alunos que dissessem as perguntas que teriam interesse em procurar respostas, notei que a maioria não sabia o que perguntar, notei que eles estão tão acostumados a sentar e a esperar que uma ordem seja dada, que ao serem indagados a perguntar não sabiam o que fazer.

Será que eles ainda não possuem maturidade ou já estão sendo afetados pelas mesmices da educação?

Professor reflexivo não somente em sala de aula

Numa postagem anterior, afirmei que um professor reflexivo é aquele que, constantemente, questiona-se a respeito do mundo que o cerca, do modo como pensa e da maneira como age, de modo a melhorar, de maneira significativa, suas potencialidades, buscando assim, seu crescimento e o crescimento de seus alunos.
Analisando os acontecimentos das últimas semanas, no município onde trabalho, sou obrigada a melhorar essa frase... um professor reflexivo é aquele que além de buscar o seu crescimento, o crescimento de seus alunos é aquele que busca melhores condições de trabalho, é aquele que luta pelo bem de sua classe e não se acomoda diante das tentativas de intimidação do poder público.

Todos esperam que reflitamos constantemente sobre nossa prática, mas por que nos impedem de refletir sobre nossas condições de trabalho, sobre nossos direitos enquanto trabalhadores e sobre as leis que regulamentam nossa profissão?