Segundo estudos de Emília
Ferreiro e Ana Teberosky, os adultos não alfabetizados criam hipóteses
semelhantes às crianças durante o processo de alfabetização, ou seja, eles
também passam pelos mesmos estágios:
·
Escrita pré-silábica: há controle de
quantidade mínima de letras, variabilidade interna e exigência de não repetir a
mesma sequência de letras para palavras diferentes. Não há correspondência entre
as letras e sons da palavra.
·
Escrita silábica: neste estágio, pensa-se
que, para representar cada segmento da palavra, basta uma letra. Na maioria dos
casos, ao grafar dissílabas, os não-escolarizados acrescentam mais uma letra
para representar a quantidade mínima de três letras que eles mesmos impõem.
·
Escrita silábico-alfabética: neste
estágio, já começa a percepção de que apenas uma letra não basta para representar
o segmento sonoro das palavras. Então, convivem a hipótese silábica e a hipótese
alfabética: às vezes basta uma letra, às vezes duas.
·
Escrita alfabética: aqui já tem a
representação de cada sílaba com duas letras.
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI,
1992.