quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Infância soft



A palavra soft é uma palavra inglesa que tem como significado: macio, brando, delicado, fino, suave...
Portanto, o termo “infância soft” nos remete a uma infância delicada, suave, meiga, caracterizada pela figura angelical da criança, principalmente a criança branca, loira, de olhos azuis e gordinha.
Esta imagem de criança é divulgada pelos meios de comunicação dando a entender que essa é a única forma de ser saudável, deixando de lado todos os outros biotipos infantis.

Erotização Infantil


As crianças de hoje estão sendo manipuladas pela sociedade capitalista que visa somente ao lucro e não se importa com as consequências de suas ações.
A mídia é a principal ferramenta dessa sociedade capitalista que pretende tornar as crianças consumidoras desde os mais tenros anos de vida e, além de torná-las consumidoras, está distorcendo a imagem da infância, tornando as crianças adultos em miniatura e erotizando essa fase.
Desta maneira, fica difícil para a criança diferenciar seu papel como tal, ela não sabe até que ponto é criança ou se já é um adulto. Até mesmo os adultos confundem esse papel, pois a mídia acaba influenciando a eles também.

Contratransferência



De acordo com o que foi discutido na última aula presencial de Psicologia, enquanto a transferência é o deslocamento de sentimentos e emoções dos alunos para os professores. A contratransferência é o que o professor devolve para o aluno.

Pois, assim como o aluno, o professor tem seu inconsciente presente durante a aula e acaba transferindo para o aluno o que já foi vivido em outras situações. Como o ato de achar algum aluno chato e chamá-lo pelo nome de outra pessoa que também considera chata.

Desejo de saber



Segundo Kupfer (1989), o desejo de saber está relacionado às angústias que a descoberta das diferenças causa nas crianças.  O ato de perguntar diretamente o que angustia é um ato muito difícil, por isso as crianças perguntam muito sobre coisas diversas e, assim, vão “formulando” explicações para suas perguntas angustiantes sem ir direto ao assunto.


KUPFER, Maria Cristina. Freud e a educação. O mestre do impossível. São Paulo: Scipione, 1989.

Transferência



A transferência é o ato de deslocar sentimentos e emoções para outras pessoas em outras situações. “Assim, um professor pode tornar-se a figura a quem serão endereçados os interesses de seu aluno porque é objeto de uma transferência. E o que se transfere são as experiências vividas primitivamente com os pais.” (KUPFER, p. 88, 1989).
KUPFER, Maria Cristina. Freud e a educação. O mestre do impossível. São Paulo: Scipione, 1989.

domingo, 15 de novembro de 2015

A não valorização do professor

Ao ler o texto “A maquinaria escolar”, deparei-me com um trecho que afirma que “o pagamento que o professor recebe [...] não será de ordem material sua retribuição econômica foi sempre baixa e mais ainda no século XIX mas, ao invés disso, de tipo simbólico: ele será comparado ao sacerdote (que, como ele, recebeu de Deus a vocação para uma missão evangelizadora)”.

Esse trecho, apesar de representar o século XIX é muito pertinente ao século XXI, pois é a realidade que vivo no município onde trabalho. Somos questionados frequentemente sobre onde está nossa vocação quando exigimos o reconhecimento financeiro pelo nosso trabalho e pela nossa formação.
Realmente, a não valorização do professor é histórica.

Ciclo de alfabetização

As Novas Diretrizes Curriculares Nacionais definiram o 1º, o 2º e o 3º anos do Ensino Fundamental como os anos do Ciclo de Alfabetização.
Portanto, durante estes três anos a criança precisa entrar em contato com o mundo escrito para criar hipóteses sobre leitura e escrita e assim alfabetizar-se.

É claro que esse processo começa muito antes do ingresso ao 1º ano do Ensino Fundamental, porém é necessário que o professor conheça seus alunos para ajudá-los a concluir essa etapa.

Um novo olhar sobre alfabetização

Este ano tenho um aluno especial, cuja idade neurológica é inferior à idade cronológica, durante o ano inteiro questionei-me sobre sua alfabetização.

Depois de ouvir a professora Ivany e ler os materiais disponíveis, percebo que ao proporcionar para ele um ambiente alfabetizador e proporcionar a interação dele com livros e outros materiais escritos estou contribuindo para uma futura alfabetização, mesmo que isso não ocorra dentro deste ano letivo.

Acesso à informação e novas tecnologias

Durante a última aula presencial de Escolarização, espaço e tempo na perspectiva histórica, discutimos sobre a facilidade ao acesso à informação e sobre as novas tecnologias.
Discutimos que os alunos vivem conectados, vivem em rede, porém acredito que eles não têm se apropriado de muitos conhecimentos que lhes é oferecido, pois nesse último mês solicitei a alguns alunos que me enviassem um e-mail e para a minha grande surpresa a grande maioria, apesar de ter Facebook, desconheciam o que era e para que servia um e-mail.

Então, questiono-me: eles estão aproveitando tudo o que lhes é oferecido? Ou eles somente usam a tecnologia para a diversão e não para a informação/conhecimento?

Fixação em fases do desenvolvimento psicossexual

Quando as fases psicossexuais não são desenvolvidas de maneira satisfatória elas podem deixar sequelas na personalidade do adulto. Muitas neuroses vivenciadas na fase adulta são resultado da fixação em uma das fases do desenvolvimento psicossexual.
Se um adulto apresentar transtornos alimentares, otimismo, passividade e dependência, pode ter ocorrido uma fixação na fase oral. Se demonstrar teimosia, parcimônia ou ordem, a fixação pode ter ocorrido na fase anal. Já se a fixação acontecer na fase fálica, o indivíduo apresentará dificuldades na formação do superego (regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na sexualidade, envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual e homossexualismo.

Fases do desenvolvimento psicossexual segundo Freud

Fase oral (0 a 1 ano aproximadamente) – a região do corpo que proporciona maior prazer à criança é a boca.
Fase anal (2 a 3 anos aproximadamente) – nesta fase o prazer está ligado ao ato de controlar as necessidades fisiológicas.
Fase fálica (3 a 5 anos aproximadamente) – nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta-se para região genital.
Fase de latência (6 a 12 anos aproximadamente) – deslocamento da libido da sexualidade para atividades sociais aceitas.

Fase genital (13 a 18 anos aproximadamente) – nesse período há uma retomada dos impulsos sexuais. 

domingo, 1 de novembro de 2015

Freud e a sexualidade

O termo sexualidade vai muito além do simples ato de procriar. Segundo Freud, a sexualidade está presente em todas as fases da vida de um indivíduo e está ligada a tudo que lhe dá prazer, tanto pelo simples ato de olhar quanto de se tocar e que esses atos, inicialmente não estão ligados ao ato da cópula como a grande maioria das pessoas pensa.

É muito difícil falar e escrever sobre esse assunto, pois vivemos numa sociedade onde a sexualidade é vista somente como o ato de procriar e ainda é um tabu para muitas famílias e escolas, principalmente quando nos deparamos com pessoas de maior idade e moralmente educadas para reprimir esse assunto.