sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Revisitando da interdisciplina Infâncias de 0 a 10 anos



Ao reler minhas postagens sobre os conteúdos trabalhados por essa interdisciplina, lembro de como ela foi importante para a mudança de algumas atitudes minhas em relação às infâncias e ao brincar.
Acredito agora que o brincar é parte importante da formação da criança e que devemos dar essa oportunidade também na escola, no entanto, ainda nos deparamos com a cobrança dos pais que querem conteúdo e conteúdo escrito no caderno e muitas vezes não entendem o quanto uma atividade lúdica pode proporcionar conhecimento.

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2 comentários:

  1. Olá, Renata. Na postagem antiga e na reflexão da mesma você confirma a importância do brincar no desenvolvimento da criança. Em que ou quem você fundamenta essa afirmação (autores, atividades, etc)?

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    1. Durante a interdisciplina tivemos a oportunidade de relembrar a nossa infância através das brincadeiras e refletir sobre a importância das mesmas para a formação da criança, pois “a aprendizagem não depende apenas do ensino de conteúdos: para que ela ocorra, são necessários afeto e movimento também” (WALLON, apud BIBIANO, 2010, p.13), por isso, introduzir atividades diversificadas como os jogos na rotina escolar é muito importante.
      “O jogo é uma manifestação otimista, alegre e plena da energia vital, uma atividade humana repleta de significados e que, além do desenvolvimento, favorece também a aprendizagem, o prazer, a inserção na cultura, a solução de problemas e a socialização”. (CARNEIRO, 2014, p.30).
      Brincar é coisa séria. Brincar faz parte do desenvolvimento da criança, pois a criança brinca desde os primeiros meses de vida.
      Estudos comprovam que a brincadeira faz parte da vida da criança e de acordo com a idade que ela possui novas possibilidades vão surgindo, incorporando-se às brincadeiras já conhecidas.
      É através da brincadeira que muitas competências essenciais para a vida adulta vão se formar, e impossibilitar que a criança brinque é romper com o seu desenvolvimento e posteriormente impossibilitar que se torne um adulto saudável.
      As brincadeiras também ajudam as crianças a se autodisciplinar, uma vez que as regras dos jogos limitam as ações dos indivíduos e isso contribui para a disciplina dos mesmos.
      Já as brincadeiras de faz-de-conta, permitem à criança “ir além do que pode realizar no seu cotidiano: ao brincar de ser médico, professora ou mãe de família, a criança troca de lugar com o adulto e, assim, experimenta novas posições, novos lugares de trocas sociais, aprendendo, por exemplo, interações as quais vivenciou a partir de outra perspectiva” (CARVALHO, 2005, p. 42).
      Em todo esse processo, o professor deve ser o mediador e o responsável por ampliar o repertório cultural das crianças, desenvolvendo a autonomia da turma.
      É importante perceber “que a escola não deve servir para a produção de indivíduos submissos, nem para a simples transmissão de conhecimentos concretos, mas que a sua função deve ser a de favorecer o desenvolvimento psicológico e social das crianças, contribuindo para que se tornem adultos livres e autônomos dentro da sociedade”. (COLLARES, p. 4, 2008).
      Portanto, é importante perceber que o jogo é fundamental para o desenvolvimento do ser humano e que o brincar é uma atividade séria que faz parte do dia-a-dia infantil e deve fazer parte do dia-a-dia dos alunos em uma sala de aula, pois não queremos simplesmente transmitir conteúdos para os alunos, mas sim possibilitar a formação de sua personalidade, uma vez que a escola já deixou de ser somente um espaço de transmissão de conhecimentos.

      BIBIANO, Bianca. A teoria da diversão. Revista Nova Escola. Edição Especial: Hora de Brincar. São Paulo, p. 12-15, set. 2010.

      CARNEIRO, Maria Angela Barbato, A magnífica história dos jogos. Carta Fundamental. São Paulo, p. 30-33, dez. 2014.

      CARVALHO, Alysson [et al] org. Brincar(es). Belo Horizonte: Editora UFMG: Pró-Reitoria de Exrensão/ UFMG, 2005.

      COLLARES, Darli. O jogo no cotidiano da escola: uma forma de ser e estar na vida. Projeto – Revista de Educação – Porto Alegre: Projeto, v.8 n 10, out. 2008.

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