domingo, 27 de novembro de 2016

As ciências e a vida sustentável


Por muitos anos, a natureza tem sido destruída em busca do desenvolvimento econômico, ao ver as imagens da construção da hidrelétrica de Itaipu é possível verificar essa situação. As imagens nos mostram o quanto aquela região foi modificada para que fosse possível a construção da hidrelétrica. Já estive em Itaipu por duas vezes e, em uma das visitas, lembro-me do guia explicando sobre os impactos ambientais e o que foi feito para minimizá-los, mas como daquela vez pergunto-me: Foi o suficiente?
Atualmente, falamos muito de sustentabilidade, de preservação ao meio ambiente, porém, infelizmente, quando falamos em lucro tudo o que se relaciona à natureza é deixado de lado. A sociedade moderna precisa conscientizar-se de verdade sobre as questões ambientais, pois somente assim teremos um mundo melhor e a garantia de um futuro.
“A natureza, e não o homem, é a fonte de todo o conhecimento. Cabe ao homem desvendá-la, compreendê-la, aceitá-la e contemplá-la”.

sábado, 19 de novembro de 2016

As ciências da natureza e a ideia de mundo


As ciências da natureza podem auxiliar na construção de ideias cada vez mais complexas de mundo através do estímulo que o professor pode proporcionar aos alunos por meio de aulas práticas.
O ensino de ciências precisa deixar de ser aquela aula expositiva em que o professor passa a informação para os alunos e ele próprio realiza algum experimento para que os alunos apenas observem. As aulas de ciências devem ser aulas práticas, onde os alunos possam observar, pesquisar e questionar, construindo hipóteses para a explicação de um fenômeno e ao mesmo tempo verificando se essas mesmas hipóteses são válidas para a explicação do mesmo.
É preciso que o professor perceba quais conteúdos são relevantes para seus alunos, quais conteúdos podem ser utilizados com mais eficiência por eles e definir situações adequadas para a construção do conhecimento.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Como trabalhar a questão do tempo com as crianças


Sugestões de atividades:
·         Conversa sobre o tempo: observar as mudanças nas vidas das crianças, desde quando eram bebês até os dias atuais.
·         Contação de histórias: as crianças podem relacionar suas próprias experiências de tempo com histórias em livros.
·         Conversa com pessoas mais velhas: é possível convidar o avô ou avó de algum aluno e possibilitar que o mesmo relate situações ou seja entrevistado pelos alunos.
·         Sequenciar fotos: colocar fotos em ordem, organizando uma linha do tempo e comparar com as linhas do tempo dos demais colegas.

·         Seleção de objetos: as crianças podem selecionar objetos variados, como roupas de bebês, brinquedos velhos, cartões de aniversário, livros e histórias de famílias, relacionando com uma linha do tempo.

O tempo para o professor na atualidade


Para o professor, na atualidade, o tempo de sala de aula deixa de ser aquele tempo de cumprir com as obrigações, de realizar atividades que se destinam a preencher a carga horária, pois o tempo deixa de ser pensado de forma linear, para ser considerado simultâneo.
O professor possui a capacidade de compreender que cada aluno é único e, portanto, possui o seu próprio tempo. Além disso, ele percebe que há diferentes formas de pensar, sentir e perceber. Desta forma, o professor propõe atividades com o intuito de reflexão e construção do conhecimento, tornando a escola um espaço onde se viva a alegria de aprender a cada momento.

O tempo no espaço escolar


Os tempos de aprendizagem podem ser considerados a partir da concepção da Modernidade que se baseia em um ciclo único para todos, onde todos devem aprender o mesmo conteúdo ao mesmo tempo; ou na concepção da Atualidade em que cada indivíduo é único e possui seu próprio tempo de aprendizagem.
O tempo pedagógico na escola pode também ser visto como o tempo destinado ao processo de aprendizagem de conteúdos dentro da sala de aula, ou pode ser considerado como o tempo em que há a oportunidade de vivenciar a coletividade, a criatividade e a cultura.

Geografia e cartografia escolar


A cartografia é a ciência que instrumentaliza os sujeitos a lerem o mundo de forma complexa, pois oportuniza, em parte, a interação significativa com os símbolos que dele fazem parte.
O aluno competente em geografia estabelece relações entre os elementos geográficos que compõem o espaço e é, a partir desta relação, que se posiciona frente aos desafios da sociedade da informação.
A geografia ensina a ler o mundo, com o auxílio da cartografia, através da abstração espacial.
Por isso, os professores da Educação Infantil e Anos Iniciais precisam dedicar parte de seu planejamento para o letramento espacial, os alunos precisam desenvolver habilidades de reconhecimento espacial como a lateralidade, a percepção de imagens em diversos pontos de vista, as relações de distância, o ordenamento de pontos de referência e muitas outras. O desenvolvimento destas habilidades garante uma maior apropriação das relações espaciais quando adultos.

O ensino de história no Brasil


A História como disciplina escolar surgiu no século XIX, na França. No Brasil, sob influência do pensamento liberal francês, após a independência de 1822, estruturou-se no município do Rio de Janeiro, o Colégio Pedro II e seu primeiro regulamento, de 1838, determinou a inserção dos estudos históricos no currículo, a partir da sexta série.
Assim, a história incialmente estudada no país foi a história da Europa Ocidental, apresentada como a verdadeira História da Civilização. A história da pátria surgia como seu apêndice, sem um corpo autônomo e ocupando papel extremamente secundário.
Na República, a preocupação com a constituição da nacionalidade e a formação da nação esteve sempre presente. No plano de estudos deveria se estudar a biografia de brasileiros célebres e notícias históricas do Brasil Colônia e Império e a história da Proclamação da República.
A aceitação da História como disciplina nos ginásios oficiais em São Paulo não foi pacífica, porém foi uma posição vencida.
O fio condutor do processo histórico centralizou-se no colonizador português e, depois, no imigrante europeu e nas contribuições de africanos e indígenas. Procurou-se criar a ideia de nação resultante da colaboração de europeus, africanos e nativos, identificada às similares europeias.
Seu conteúdo foi determinado pelas ideias de nação, de cidadão e de pátria que se pretendiam legitimar na escola. Veiculou-se, assim, um discurso histórico que enfatizava de um lado, a busca do equilíbrio social, e, de outro, a contribuição harmoniosa, sem violência ou conflito, de seus variados e diferenciados habitantes (e grupos sociais) para a construção de uma sociedade democrática e sem preconceitos de qualquer tipo. Realçando, mais uma vez, um país irreal, mascarando as desigualdades sociais, a dominação oligárquica e a ausência da democracia social.
A América bem como a África foram praticamente esquecidas do currículo, na maior parte do período. No início da década de cinquenta, depois de intensos debates, o estudo da América foi introduzido.
No entanto, nesses dois séculos, vozes procuraram fazer surgir novas possibilidades de se ensinar história.
Defendeu-se a necessidade de os alunos adquirirem hábitos de investigação, de análise, de juízo, de generalização, de raciocínio lógico e de crítica, aceitando o aluno como corresponsável pelo seu processo educativo e fazendo-o compreender que a história irá ajudá-lo na compreensão de si, dos outros e do lugar que ocupa na sociedade.

Como trabalhar adição e subtração


Tanto a adição quanto a subtração devem ser trabalhadas com materiais concretos como o Material Dourado e o Quadro Valor Lugar.
Na adição deve-se utilizar a regra de nunca dez, ou seja, na casa das unidades, das dezenas, das centenas nunca deve ter mais de 9 elementos e quando isso acontecer devemos juntar 10 elementos e transferi-los para a casa seguinte.
Já no caso da “subtração com empréstimo”, deve-se usar a expressão trocas e não a expressão “empresta um” como muitos professores utilizam e novamente a utilização do material concreto é fundamental para que o aluno compreenda as trocas.

É importante que os alunos construam os algoritmos tanto da adição quanto da subtração através da utilização do material manipulável e que não devemos exigir que os alunos resolvam as operações iniciando pelos algarismos que estão na casa das unidades e que deixemos que eles descubram por si só a melhor e mais fácil maneira de resolver os cálculos.

Adaptação de material para uso em sala de aula


Adição:
Faça 10

Adaptei essa atividade para alunos do 3º ano utilizando as cartas de 0 a 10 do baralho de Uno nas cores azul, vermelho, verde e amarelo.
Esse jogo pode ser jogado por até 4 jogadores.



Depois de embaralhado, o baralho é distribuído igualmente entre cada participante que deverá juntar as cartas e deixá-las viradas para baixo.
Ao iniciar a partida, o primeiro jogador irá virar a primeira carta de seu monte e colocá-la no centro. Depois, o segundo jogador faz o mesmo e esse processo repete-se até o final das cartas. Toda vez que algum jogador conseguir somar 10 pontos utilizando as cartas que estão viradas ele recolhe para si as mesmas.
Ganha o jogador que, ao final da partida, possuir o maior número de cartas.

Variações:
·         Trocar o valor da soma: 12, 15, 18, ...
·         Pode-se pedir que as cartas sejam da mesma cor.

Ciências e o seu nível de competência em matemática


O conhecimento científico é produzido através da curiosidade, dos sonhos e das paixões de várias pessoas.
Somente depois de formulado experimentalmente é que um conhecimento é analisado matemática e estatisticamente. Portanto, não deixe que suas baixas competências em matemática o impossibilite de descobrir o mundo e de fazer ciência.

Professor ou pesquisador?


Professor é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina.
Pesquisador é aquele que pesquisa.
Se o professor pretende ensinar algo, ele precisa saber esse algo que pretende ensinar e também precisa saber como o aluno aprende esse algo.

Por isso, o professor precisa ser pesquisador, precisa pesquisar como é o pensamento do seu aluno para poder formular perguntas que façam o aluno querer buscar respostas.

A construção do conhecimento pela criança


Estamos sempre tão preocupados em vencer a listagem mínima de conteúdos que esquecemos de oportunizar às crianças a real construção dos conhecimentos.

Para construir conhecimentos, a criança precisa agir, perguntar, ler o mundo, olhar imagens, criar relações, testar hipóteses e refletir sobre o que faz de modo a reestruturar o pensamento permanentemente.

Conhecimento científico


Em ciência, as verdades são provisórias, são revistas de tempos em tempos, portanto, precisamos tomar cuidado ao afirmar que “tal fato foi comprovado cientificamente”.
Em se tratando de conhecimento científico, não existem explicações definitivas, eternas, absolutas, o que existem são verdades provisórias que são aceitas e válidas pela comunidade científica.

Ensino de Ciências e Educação Infantil


O ensino de ciências na educação infantil acontece preferencialmente integrado às demais áreas de conhecimento.
É importante que as crianças interajam com diferentes materiais e expressem suas concepções, representações e hipóteses explicativas.
Uma postura desejável no ensino de ciências é a de encorajar as crianças a realizar testes e expor suas dúvidas sobre os temas abordados.
Na Educação Infantil, é fundamental que os temas sejam abordados de forma lúdica através de jogos simbólicos, do “faz de conta”, de personagens de literatura e da televisão, etc.

Instrumentos do processo de produção de conhecimento


·         Construção de problemas de investigação;
·         Criação de explicações hipotéticas;
·         Teste de hipóteses;
·         Busca de informações adicionais através de consulta a fontes bibliográficas;
·         Situar-se em relação às novas informações;
·         Elaboração de previsões;
·         Criação de situações experimentais;
·         Observação de regularidades e discrepâncias;
·         Descrição de fenômenos naturais;
·         Comparação de dados observados com dados da literatura;
·         Coordenação de conceitos de diferentes disciplinas;
·         Integração de diferentes informações;
·         Escolha de critérios de classificação;
·         Tomada de decisões;
·         Justificação;
·         Construção de relação entre fatos, fenômenos e leituras;
·         Construção ou complementação de modelos e esquemas explicativos;
·         Emissão de opiniões;
·         Confrontamento de opiniões;
·         Divulgação de conhecimentos;
·         Busca por argumentos para defender as próprias ideias;
·         Aplicação de novos conhecimentos a situações ou problemas novos.

Nem tudo está determinado nos genes


A afirmação “tudo está nos genes” cria um campo favorável para o silenciamento sobre condições injustas, produzidas historicamente, e que determinam as condições de vida e de saúde de muitos grupos sociais.
Nem tudo está nos genes, muito do que somos ou do que conseguimos nos tornar está limitado pelas possibilidades econômicas e culturais que temos de acordo com o grupo social a que pertencemos.

O processo histórico de produção de conhecimento científico


É importante conhecermos a história das ciências para que percebamos de qual maneira um certo conhecimento foi produzido.
Nos livros didáticos, a ciência é enfocada como o produto do trabalho de cientistas geniais e esses produtos são dados como verdades absolutas. Além disso, a ciência e os cientistas são apresentados como neutros e distanciados de valores e interesses sócio-culturais ou político-econômicos.

Na verdade, o conhecimento científico está intimamente relacionado com o período histórico em que foi produzido.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A metodologia para a construção de maquetes


Segundo a metodologia de Costella (2003), citado por Santos; Corso; Costella (2005) existem 8 etapas que alicerçam a construção da maquete:
I. Contextualização: Apresentar dentro do grupo o espaço que será representado pela maquete, partindo do coletivo da turma ou separando em grupos.
II. Projeto: Nesta fase, é importante oferecer uma folha de papel ofício onde devem ser explícitos e, mais importante, justificados pelos indivíduos, todos os elementos e sua respectiva distribuição quando da materialização posterior da maquete.
III. Construção: Os alunos devem entrar em comum acordo sobre como será confeccionada a maquete (escala, materiais,...)
IV. Croqui: Em uma folha de ofício, olhar a maquete construída por distintos ângulos e fazer o desenho do objeto pelo seu olhar.
V. Legenda: Os desenhos representados no croqui passam a ser significantes de objetos concretos, tendo assim a legenda, que auxiliará na percepção de como se dá o processo de representação de objetos por símbolos.
VI. Relatório: Relatar o que existe na maquete e as inter-relações ali existentes.
VII. Conclusão: Perceber as inúmeras relações entre tantos elementos diferentes.
VIII. Exposição: As maquetes podem ser postas frente ao grande grupo, ou mesmo, frente a toda escola em algum momento.

A construção de maquetes para o ensino de Geografia


As maquetes são objetos didáticos de grande valia para a construção do conhecimento geográfico.
Temos o hábito de pedir que os alunos construam maquetes como culminância de uma atividade, no entanto, a maquete não pode ser considerada como um instrumento de ensino que encerre em si informações, mas sim como uma ponte entre vários objetos de estudo geográfico.

As maquetes devem ser construídas, preferencialmente, dentro dos momentos de aula, para que os professores possam ficar atentos ao trabalho coletivo e para que possam questionar os alunos para uma melhor construção do conhecimento.