domingo, 26 de novembro de 2017

Dialogicidade


Somos seres históricos, sociais e inacabados. E é esta última característica que torna a educação possível, pois é a partir do momento em que tomamos a consciência do nosso estado inconcluso que abrimos os caminhos para o conhecimento. Somente o ser humano pode ser educado, os outros seres vivos são adestrados ou cultivados.
É através do conhecimento do mundo e das relações com os indivíduos que o conhecimento vai tomando forma. A curiosidade é fator imprescindível nessa construção, uma vez que é ela que nos torna seres perguntadores, seres cheios de dúvidas a serem respondidas e pesquisadas.
Por isso, torna-se indispensável suscitar em nossos alunos a sua curiosidade, pois é somente através dela que eles se tornarão seres pensantes através de uma posição reflexivo-crítica, ou seja, quando a curiosidade pode tornar-se epistemológica.
A curiosidade epistemológica ocorre num contexto teórico e supera a curiosidade ingênua, ela se faz metódica e passa pelo conhecimento ao nível do senso comum para chegar ao conhecimento em nível científico.
A relação dialógica é indispensável para a construção da curiosidade epistemológica, pois é cheia de curiosidade, de inquietação e de respeito mútuo entre os sujeitos, pois o sujeito que pergunta sabe a razão por que o faz e tem a preocupação de aprender.
Neste contexto, “o papel do educador progressista é desafiar a curiosidade ingênua do educando para, com ele, partejar a criticidade” (FREIRE, 2000, p. 79). Mas, para que o educador possa realizar essa tarefa, é necessário que esteja preparado através de uma boa formação e essa é uma lacuna que precisa ser superada através de uma política pedagógica baseada no tratamento digno do magistério, no exercício de sua formação autêntica.


FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. São Paulo, Editora Olho d’Água, 2000.

Os 4 pilares da educação

Segundo Delors, citado por Prado et al., (p.9), a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
Ou seja, o papel do professor é muito mais do que a simples construção de conhecimentos, pois é necessário que o professor possa formar cidadãos que saibam aplicar esses conhecimentos adquiridos, de maneira adequada, em diferentes situações de sua vida.

PRADO, Alcindo Ferreira; COUTINHO, Jeciliene Barreto; REIS, Osvaldineide Pereira de Oliveira; VILLALBA, Osvaldo Arsenio. Ser professor na contemporaneidade: desafios da profissão.


Ser professor

Historicamente, a profissão de professor é vista como uma missão, uma vocação, assim como um sacerdote.
Na minha opinião, essa afirmação acaba por menosprezar a profissão do professor, que precisa estudar e ir em busca de formação para poder exercer sua profissão como qualquer outro profissional. “Entretanto, se educar é missão, é dom torna-se incoerente e desnecessário exigir que o professor invista em sua formação acadêmica e continuada”. (PRADO et al., p.3).
Só conseguiremos ser valorizados quando a sociedade compreender que ser professor requer muito estudo e uma busca continuada por formação e, que, para que possamos desempenhar de forma eficiente o nosso trabalho precisamos de tempo para realizarmos esse aperfeiçoamento/formação, pois, enquanto o professor precisar ficar 40 horas ministrando aula e buscar formação fora de seu horário de trabalho, isso não será possível.



PRADO, Alcindo Ferreira; COUTINHO, Jeciliene Barreto; REIS, Osvaldineide Pereira de Oliveira; VILLALBA, Osvaldo Arsenio. Ser professor na contemporaneidade: desafios da profissão.

Altas habilidades


Sempre imaginei que a pessoa com altas habilidades fosse um gênio, aquele aluno que se destacasse intelectualmente em todas as atividades, porém, segundo o texto, “a pessoa com altas habilidades apresenta interesses variados, tem diferentes aptidões, tem necessidade de convivência, e atinge seu maior aproveitamento em ambientes estimulantes”.
Percebo agora que já fui e sou professora de alunos com altas habilidades e que, infelizmente, eles não foram e não são atendidos de acordo com suas reais necessidades. Nos preocupamos muito em atender e incluir os alunos com deficiências, pois, geralmente, a mesma é visível e de fácil diagnóstico e esquecemos de ter um olhar especial para os demais alunos.
Entendo também que é muito importante que a escola como um todo esteja preparada para dar esse atendimento especializado para os alunos com altas habilidades e que assim como nos casos de deficiências existe um longo caminho para que essa inclusão aconteça.
A partir de agora, o fato de ter um pouco mais conhecimento sobre o assunto me fará ter uma nova postura diante desses alunos.

domingo, 29 de outubro de 2017

Método Clínico – Tipos de Respostas


É importante que o entrevistador saiba classificar as respostas dadas pelo entrevistado, pois assim, poderá selecionar as que realmente têm importância para a pesquisa.
Existem 5 tipos de respostas:
·         Respostas espontâneas – revelam o pensamento do sujeito.
·         Respostas desencadeadas – são respostas sobre assuntos que o sujeito nunca havia pensado, mas que ao ser questionado responde sobre ela.
·         Respostas sugeridas – são aquelas que a pergunta em si já traz a resposta desejada.
·         Respostas fabuladas – são aquelas em que o entrevistado “viaja” numa história.
·         Respostas não-importistas – são aquelas que o entrevistado dá só para se livrar dos questionamentos.
As respostas espontâneas e as desencadeadas são as que interessam para a pesquisa, segundo o Método Cínico.

Método Clínico


O Método Clínico foi criado por Piaget, pois o Registro de Observações e os Testes Padronizados não conseguiam responder às suas perguntas, pois Piaget queria entender o raciocínio do sujeito. Portanto, o Método Clínico busca a lógica subjacente às respostas, ou seja, busca entender porque o sujeito dá uma determinada resposta.
O Método Clínico pode ser manipulação de material, mas sempre envolvendo uma entrevista, que pode ser aberta, semiestruturada ou estruturada.
·         Entrevista aberta – O sujeito fala à vontade.
·         Entrevista semiestruturada – tem um roteiro básico de perguntas, mas o entrevistador vai fazendo perguntas complementares em função das respostas que o sujeito der.
·         Entrevista estruturada – é um modelo mais fechado, aproxima-se de um questionário, pois dependendo da resposta que o sujeito dá, já existe uma pergunta pronta para fazer. Não tem espaço para perguntas novas.

sábado, 28 de outubro de 2017

Sociedade e pessoas com deficiências



“Viemos de uma cultura que tem a característica do desconhecimento do outro como um forte traço” (Izabel Maior) e esse é um dos problemas enfrentados pelas pessoas com necessidades especiais, pois a grande maioria das pessoas não as conhecem e principalmente acreditam que sejam elas as responsáveis por se adaptarem à nossa sociedade, quando na verdade é a sociedade quem deveria se adaptar para que as pessoas com necessidades especiais pudessem conviver sem nenhuma dificuldade.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Questões éticas na escola


Como professores temos o privilégio de conviver diariamente com outras pessoas e através dessas relações interpessoais é que surge a grande tarefa de ajudar outras pessoas a formarem seu caráter e conhecer o que é ético.
Entendo que, apesar da moral e da ética caminharem juntas, elas possuem significados diferentes. Segundo Severino “valores morais nem sempre são valores éticos, ou seja, confundem-se com interesses particulares, do próprio indivíduo ou de seu(s) grupo(s), não correspondendo aos interesses comuns, levando por isso, muitas vezes, ao desrespeito pela dignidade humana”.
Portanto, cabe a nós professores, o compromisso mostrarmos essa diferença para os alunos, com o intuito de formarmos cidadãos éticos que respeitem o próximo.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Formação e atuação dos professores: dos seus fundamentos éticos.

domingo, 8 de outubro de 2017

Caráter integrativo

“Segundo Piaget, as aquisições de um período são integradas no período seguinte. É o “período integrativo”, segundo o qual as estruturas construídas numa idade dada se tornam parte integrante das estruturas da idade seguinte. Assim, quando alguém é operatório formal, significa que ele pode apresentar os instrumentos de todos os estádios anteriores”.
Ou seja, de acordo com a situação, poderei utilizar todos os instrumentos anteriormente construídos para poder interagir com o objeto da melhor e mais confortável maneira.


BECKER, F. e MARQUES, T. Estádios do desenvolvimento. In: BECKER, F. Educação e construção do conhecimento, 2ª. ed. Porto Alegre: Artemed, 2012.

domingo, 1 de outubro de 2017

Aprendizagem e conhecimento escolar


A partir do momento que reconhecemos que existem estádios de desenvolvimento, é necessário que os conheçamos para melhor conhecermos nossos alunos e assim, possibilitar que a aprendizagem realmente aconteça.
É importante sabermos que nem todos chegarão à última etapa, pois isso depende de uma demanda do meio que vai sendo construída, no entanto, devemos saber em qual estádio nosso aluno se encontra para saber criar situações que possibilitem que ele possa ir além. Pois situações muito simples acabam acarretando a desmotivação e situações muito complicadas acabam acarretando a frustração.
Sendo que o objetivo da aprendizagem escolar é aumentar a capacidade de aprender para poder avançar na aprendizagem de conteúdos mais complexos e de comportamentos mais elaborados.

Modelos epistemológicos segundo Fernando Becker


·         Apriorista: “É inteligente, tem talento, nasceu assim”. Segundo esse modelo, a criança já nasce com todas as condições de conhecimento, só espera o processo de maturação, que vai aparecer inevitavelmente e isso vai acompanhá-la para a vida toda. Espontaneismo.

·         Empirista: “É inteligente, foi estimulado”. É tudo questão de cultura, o professor comanda e o alunos é comandado. Epistemologia do senso-comum. Debilita-se a curiosidade, professor autoritário. Diretivismo.

·         Construtivista: “É inteligente, construiu, foi desafiado, agiu e refletiu”. Pedagogia da relação.


Escola - mais laboratório e menos auditório | Fernando Becker | TEDxUnisinos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xjfKBGIHPjs

Escola: Auditório X Laboratório


Escola: Auditório X Laboratório

No vídeo: Escola - mais laboratório e menos auditório, Fernando Becker, afirma que a escola tem tradicionalmente privilegiado verbos como copiar e repetir o que a torna um auditório, quando na verdade deveria privilegiar verbos como: interagir, indagar, experimentar, testar, sentir, cooperar, descobrir, ultrapassar, dialogar, perguntar, refletir, construir, compreender, transformar e inventar, o que a tornaria um laboratório. E sendo um laboratório, a escola recuperaria aquela atividade espontânea da criança e do adolescente, fazendo com que o conhecimento pudesse ser construído.
É preciso uma reflexão também por nós professores, para que possamos decidir que tipo de alunos queremos formar, pois a partir de então, teremos que rever nossas práticas.

Escola - mais laboratório e menos auditório | Fernando Becker | TEDxUnisinos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xjfKBGIHPjs


sábado, 16 de setembro de 2017

A temática indígena na escola

A lei nº 11.645/2008 criou a obrigatoriedade do ensino da cultura dos povos indígenas nas escolas. No entanto, toda vez que a pedagoga da minha escola nos lembra desta obrigatoriedade eu questiono minhas colegas sobre a falta de conhecimento e de informação que temos sobre esse assunto e fico chocada com a falta de interesse delas em querer ir em busca de algo.
Ao ler o texto “A temática indígena na escola: ensaios de uma educação intercultural” de Maria Aparecida Bergamaschi e Luana Barth Gomes, percebi que, além de ter pouco conhecimento sobre o tema, o pouco conhecimento que possuo é atrasado, pois retrata o índio da época do descobrimento do Brasil, fazendo com que tenhamos a ideia de que o índio é aquele indivíduo que vive nu, no meio da floresta e que não evoluiu.

É preciso que além da cultura indígena, mostremos para nossos alunos a situação social contemporânea dos povos indígenas, para que eles possam perceber que assim como os outros povos, os povos indígenas também mudaram e evoluíram.

sábado, 9 de setembro de 2017

Brasil: um país de diversidades


Sendo o Brasil um país de dimensões continentais, fica evidente que a sua população possui características e culturas diversificadas e isso fica ainda mais evidente conhecendo um pouco de sua história e as diferentes formas de colonização e exclusão que aqui aconteceram.
A escola não pode fingir que isso não aconteceu e de maneira alguma deve tratar seus alunos como provenientes de um mesmo grupo social ou pertencentes a uma mesma cultura. É preciso romper com essa educação burguesa que privilegia uns e discrimina a maioria.
Segundo Santos (2001), citado por Candau (2002) “As pessoas e os grupos sociais têm o direito a ser iguais quando a diferença os inferioriza, e o direito a ser diferente quando a igualdade os descaracteriza”.

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Sociedade, cotidiano escolar e cultura(s): uma aproximação. Educação & Sociedade, ano XXIII, nº 79, Agosto, 2012.

Que cidadão queremos que nosso aluno seja?


Para responder ao título da postagem cito Becker (2012, p.29) “um indivíduo pensante, crítico, operativo, participativo, autônomo que, perante cada nova encruzilhada prática ou teórica, apropria-se do que fez transformando-o em objeto de reflexão e de tomada de consciência; um indivíduo que se abre ao diálogo com seu entorno social e à interação com seu entorno cognitivo, perguntando-se o significado de suas ações presentes e futuras e, progressivamente, das ações do coletivo no qual se insere”.
Na escola onde trabalho, segundo nosso PPP, queremos exatamente o que foi afirmado acima, mas quando os alunos questionam algo, a direção tenta calá-los. Como conseguiremos formar esse cidadão se a prática é diferente da teoria?

BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento. 2. ed. – Porto Alegre: Penso, 2012.

As pessoas com deficiência na história


Na Pré-História, na Antiguidade e na Idade Média, as pessoas com deficiência eram abandonadas à própria sorte ou simplesmente mortas por serem consideradas subumanas.
Somente a partir do século XIV surgem as primeiras leis que tratam do cuidado das pessoas com deficiências. Mais tarde, a partir do século XVI, surgiram estudos que tratavam distúrbios mentais como doença.
Já no Brasil, no final da década de 70, ocorreu um Movimento das pessoas com deficiência em busca de reais condições de cidadania.
Desde então, a luta prossegue, pois ainda hoje, as pessoas com deficiência não estão inclusas na sociedade, pois a sociedade ainda é preconceituosa e discriminatória.
E engana-se quem acredita que essas pessoas queiram privilégios na sociedade, o que elas querem na verdade é a equiparação de oportunidades, elas querem poder exercer sua cidadania como qualquer outra pessoa. 

sábado, 15 de julho de 2017

Organização do espaço em sala de aula


Sempre me questionei sobre a disposição dos alunos em sala de aula, pois geralmente, somos questionadas sobre a disposição dos alunos em fila, como se essa fosse uma maneira errada de organizá-los em sala de aula.
No entanto, ao ler o texto “A organização do espaço em sala de aula e as suas implicações na aprendizagem cooperativa” compreendi que, dependendo do objetivo da aula, deve-se organizar os alunos de maneiras diferentes e que não é errado organizá-los em filas quando pretende-se dar uma aula expositiva em que todos possam prestar atenção no professor, pois “o espaço poderá favorecer ou dificultar a aquisição de aprendizagens, revelando-se estimulante ou limitador em função do nível de coerência entre os objetivos e a dinâmica proposta para as atividades a realizar” (TEIXEIRA; REIS, 2012, p.168).

TEIXEIRA, Madalena Telles; REIS, Maria Filomena. A organização do espaço em sala de aula e as suas implicações na aprendizagem cooperativa. Meta avaliação. Rio de Janeiro, v. 4, n.11, p. 162-187, mai./ago. 2012.

domingo, 2 de julho de 2017

Avaliação

No vídeo intitulado Avaliação na Educação Infantil disponível em https://www.youtube.com/watch?v=A74gphe1nT4, Jussara Hoffmann afirma que avaliar é acompanhar a construção do conhecimento das crianças. Não se avalia para dizer se o aluno fez ou não fez, se ele é ou não é capaz, não há sentido nisto, avalia-se para promover melhores oportunidades de aprendizagens, melhores estratégias de aprendizagens, avalia-se para promover o aluno moral e intelectualmente.
É preciso que reflitamos sobre a avaliação para que possamos ajudar nossos alunos na sua formação cidadã e não somente classificá-los ou não para o ano seguinte.

domingo, 25 de junho de 2017

Conselho de Classe


Erroneamente pensamos que o conselho de classe é aquele momento, no final do trimestre, em que todos os professores reúnem-se com a direção e a coordenação pedagógica da escola com o objetivo de conversar sobre os alunos. E que, na minha escola, acaba sendo um momento com pouco tempo no qual são lidos os nomes dos alunos e é dito se estão abaixo ou acima da média.
No entanto, “o conselho de classe é um colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos e seus objetivos são: avaliar a apropriação pelos alunos dos conteúdos curriculares estabelecidos no Projeto Político Pedagógico da Escola; refletir sobre a relação professor/aluno e analisar a prática pedagógica, buscando alternativas que garantam a efetivação do processo ensino aprendizagem” (GALINA, p.16).

GALINA, Irene de Fátima. Instâncias Colegiadas: espaços de participação na gestão democrática da escola pública.

Escola: um lugar de contradições

Lendo o PPP da minha escola deparo-me com a seguinte definição de educação: “é um processo permanente pelo qual o homem se autoconstrói, se aperfeiçoa e se realiza como pessoa, exercendo a cidadania”.
Questiono-me: o que é exercer a cidadania?
Segundo Dalmo Dallari (1998, p.14) citado por Galina (p.6) “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do próprio grupo social”.
Como o PPP da escola pode afirmar que estamos exercendo a cidadania se nem possuímos um Conselho Escolar?
É preciso criar condições para que a prática da cidadania de fato se efetive.


GALINA, Irene de Fátima. Instâncias Colegiadas: espaços de participação na gestão democrática da escola pública.

Conselho Escolar


Segundo Galina (p.12), o Conselho escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora.
O Conselho escolar é um dos órgãos responsáveis para a efetivação da gestão democrática na escola, pois é através dele que a comunidade terá voz para participar das tomadas de decisões.
É preciso salientar que o diretor continua sendo a autoridade responsável pela escola, no entanto, ele ganha o apoio de outras pessoas que possuem os mesmos interesses e objetivos.

GALINA, Irene de Fátima. Instâncias Colegiadas: espaços de participação na gestão democrática da escola pública.

sábado, 24 de junho de 2017

Fatores intra e extra-escolares

Vivemos num país gigantesco, onde cada escola encontra-se inserida em uma realidade de acordo com o local onde está localizada. Diante desta realidade, é preciso compreender que cada escola possui características próprias, entre essas características podemos citar os fatores intra e extra-escolares.
Os fatores intra-escolares referem-se à organização e à gestão, às práticas pedagógicas, aos professores e ao clima escolar.
Os fatores extra-escolares referem-se à situação socioeconômica dos alunos, ao ambiente familiar, ao entorno da escola.

Portanto, é fundamental que sejam considerados todos os fatores relacionados com a escola para que de fato possamos proporcionar o acesso ao conhecimento e a formação de cidadãos críticos e que cada vez mais seja possível a permanência de todos na escola.

domingo, 11 de junho de 2017

Projeto Político Pedagógico


Segundo a professora Ilma Passos Alencastro Veiga, o Projeto Político Pedagógico é um processo de tomada de decisões democráticas. É um processo que é construído dentro de um movimento participativo e coletivo levando à democracia.

Todos os membros da escola, diretores, professores, alunos e funcionários, devem participar de sua elaboração, execução e avaliação, pois o PPP é baseado no princípio de solidariedade.

domingo, 28 de maio de 2017

Gestão democrática

Como ter uma gestão democrática se não existe eleição para diretores?
Segundo Peroni “a autonomia da escola, a eleição de diretores, o conselho escolar, são alguns pilares que materializam a gestão democrática”.
Infelizmente, no município onde trabalho não existe a eleição de diretores. A função de diretor é uma Função Gratificada (FG) e a pessoa que ocupa o cargo é indicada.
E, de acordo com Batista “numa gestão patrimonialista o quadro administrativo é constituído por dependentes pessoais do gestor (...), amigos (...). As relações que dominam o quadro administrativo não são as do dever ou a disciplina objetivamente ligada ao cargo, mas à fidelidade pessoal do servidor ao gestor”.

BATISTA, Neusa Chaves. O Estado moderno: da gestão patrimonialista à gestão democrática.

PERONI, Vera Maria Vidal. Políticas públicas e gestão da educação em tempos de redefinição do papel do Estado.

Educação de qualidade para todos


Vivemos em uma época em que o acesso à informação é fácil e dinâmico, porém poucas são as pessoas que conseguem compreender e assimilar toda a informação a qual têm acesso. Para entender toda a informação que nos é fornecida, “necessitamos ter acesso à linguagem específica de cada uma das áreas, aos conceitos; e ainda precisamos abstrair, relacionar, para entender e poder posicionar-se frente ao mundo” (PERONI).
Portanto, uma educação de qualidade para todos é imprescindível para que possamos compreender o mundo que nos cerca. No entanto, educação de qualidade não significa somente colocar todos os alunos na escola, mas sim garantir a permanência e o acesso ao conhecimento.
Será que esta educação de qualidade está realmente acontecendo?


PERONI, Vera Maria Vidal. Políticas públicas e gestão da educação em tempos de redefinição do papel do Estado.

A “conquista” de direitos


Segundo Peroni “Vivemos, portanto a tensão entre ter conquistado direitos, inclusive na legislação, mas a dificuldade de implementá-los”.
Infelizmente, a legislação não é cumprida ou simplesmente é interpretada/manipulada como convém a um determinado grupo.
Fico indignada pelo fato de precisarmos entrar com ações judiciais para garantir o cumprimento dos direitos já previstos em lei.

PERONI, Vera Maria Vidal. Políticas públicas e gestão da educação em tempos de redefinição do papel do Estado.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Bons resultados na aprendizagem


Ainda refletindo sobre o texto Conselho de classe: um espaço de reflexão, de Catarina Iavelberg.
Outra frase da autora que me chamou a atenção foi: “bons resultados na aprendizagem aparecem apenas após a mudança nas estratégias de ensino”.
Cabe a nós professores, refletirmos sobre nossas práticas para que de fato essa mudança de estratégia possa acontecer.
Porém, devemos lembrar que, enquanto nossos direitos não forem assegurados, talvez não consigamos tempo hábil para nos reunirmos e discutirmos os assuntos pertinentes à nossa prática docente. Refiro-me aqui à 1/3 da carga horária para hora atividade que no município onde trabalho não é respeitada.
Temos sim que fazer o melhor pela educação, mas não devemos dizer que trabalhamos por amor, como afirmou o professor Carlos Roberto Jamil Cury, devemos lutar pelos nossos direitos e não perder o que já foi conquistado.
Trabalhamos com amor e não por amor! E lutar por melhores condições não significa que não gostamos de nossa profissão.

Conselho de classe: um espaço de reflexão


Na reunião da semana passada na minha escola, a pedagoga nos forneceu um texto intitulado Conselho de classe: um espaço de reflexão, de Catarina Iavelberg.
A autora afirma que “o conselho de classe é uma das poucas oportunidades em que é possível reunir os docentes das diversas disciplinas de um mesmo ano com objetivo de analisar os processos de ensino e de aprendizagem sob múltiplas perspectivas”, apesar de concordar com a autora, preciso admitir que poucas são as vezes em que essa oportunidade é aproveitada. Geralmente, o conselho de classe acontece num curto período de tempo em que não é possível discutir sobre o ensino e a aprendizagem, apenas se discute sobre alguns alunos em particular, os quais apresentam notas baixas.

Infelizmente, ainda precisamos caminhar muito para que o conselho de classe seja um momento de análise dos processos de ensino e aprendizagens. 

Plano Municipal de Educação


Ao assistir ao Vídeo com a Aula Inaugural da Faculdade de Educação da UFRGS, com a fala do professor Carlos Roberto Jamil Cury, sobre o histórico, impasses e perspectivas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN), relembrei minha caminhada na construção do Plano Municipal de Educação do Município onde trabalho.
Quando fui indica para fazer parte da comissão que iria estudar o Plano Federal e o Plano Estadual de Educação para, posteriormente, criar o Plano Municipal de Educação, senti-me lisonjeada. Porém, ao participar dos encontros me senti frustrada pelos seguintes motivos:
1.      Somente algumas professoras foram indicadas para participar.
2.      Nem todas as professoras se fizeram presentes em todos os encontros.
3.      A comunidade estava representada por alguns membros que, nem sempre participavam.
4.      Era muito trabalho para ser feito e pouco tempo para discutir.
5.      Algumas metas já não estão sendo cumpridas.
6.      Antes da apresentação à comunidade algumas mudanças foram feitas sem o conhecimento de todos os integrantes da comissão que elaborou o documento.

Contudo, senti um descaso com a educação. Depois de vivenciar todos esses momentos, percebi que nem sempre quem está no poder para melhorar a vida de todos está interessado em fazer isso, mas sim está interessado em assegurar que o seu partido fique de bem.

domingo, 14 de maio de 2017

Patologias da Vida Adulta - Depressão


Como trabalho de pesquisa da Interdisciplina Psicologia da Vida Adulta, nosso grupo escolheu como tema Patologias da Vida Adulta, mais especificamente a depressão.
Estamos lendo vários materiais e estamos descobrindo muito sobre o assunto, apesar dele ser algo atual, percebo que pouco conheço sobre o mesmo.
Dentre o que pesquisamos, achei interessante o fato de apesar da depressão ser considerada por muitos o “mal do século”, e, de certa forma, uma doença da atualidade, estudos comprovam que ela sempre existiu, no entanto, ela recebia outras nomenclaturas. Registros bíblicos relatam personagens como “Jó e o Rei Saul, apresentando sintomas de depressão, tendo este último cometido suicídio e o primeiro sido exemplo de paciência, fé e perseverança” (Teodoro, p.32, 2009). Há relatos também, que no período de escravidão no Brasil, alguns escravos eram acometidos por uma doença denominada “banzo”, que se caracterizava por uma espécie de tristeza e nostalgia por estarem longe de sua pátria e de suas famílias e por estarem privados de sua liberdade.

TEODORO, Wagner Luiz Garcia. Depressão: corpo, mente e alma. Uberlândia – MG: 2009.

domingo, 7 de maio de 2017

Projeto de Aprendizagem

Durante minhas aulas de matemática, estou desenvolvendo o trabalho da disciplina Projeto Pedagógico em Ação com alunos do 7º ano.
Ao iniciar o trabalho deparei-me com um fato que me deixou muito preocupada: quando pedi aos alunos que dissessem as perguntas que teriam interesse em procurar respostas, notei que a maioria não sabia o que perguntar, notei que eles estão tão acostumados a sentar e a esperar que uma ordem seja dada, que ao serem indagados a perguntar não sabiam o que fazer.

Será que eles ainda não possuem maturidade ou já estão sendo afetados pelas mesmices da educação?

Professor reflexivo não somente em sala de aula

Numa postagem anterior, afirmei que um professor reflexivo é aquele que, constantemente, questiona-se a respeito do mundo que o cerca, do modo como pensa e da maneira como age, de modo a melhorar, de maneira significativa, suas potencialidades, buscando assim, seu crescimento e o crescimento de seus alunos.
Analisando os acontecimentos das últimas semanas, no município onde trabalho, sou obrigada a melhorar essa frase... um professor reflexivo é aquele que além de buscar o seu crescimento, o crescimento de seus alunos é aquele que busca melhores condições de trabalho, é aquele que luta pelo bem de sua classe e não se acomoda diante das tentativas de intimidação do poder público.

Todos esperam que reflitamos constantemente sobre nossa prática, mas por que nos impedem de refletir sobre nossas condições de trabalho, sobre nossos direitos enquanto trabalhadores e sobre as leis que regulamentam nossa profissão?

domingo, 23 de abril de 2017

Análise do blog de uma colega


Estava desenvolvendo a atividade de Seminário Integrador V que consistia em ler e analisar as postagens no blog da colega Michele.
Enquanto lia as postagens tive a oportunidade de fazer a atividade sugerida, relembrar os conteúdos estudados e mais uma vez refletir sobre os mesmos.
Está sendo muito interessante e construtivo ler as postagens da colega, elas estão me fazendo refletir mais uma vez sobre minha prática e, além disso, estão surgindo novos questionamentos sobre esses aqueles assuntos.

domingo, 16 de abril de 2017

Professor Reflexivo


O professor reflexivo é aquele que, constantemente, questiona-se a respeito do mundo que o cerca, do modo como pensa e da maneira como age, de modo a melhorar, de maneira significativa, suas potencialidades, buscando assim, seu crescimento e o crescimento de seus alunos.
“A reflexão baseia-se na vontade, no pensamento, em atitudes de questionamento e curiosidade, na busca da verdade e da justiça. Sendo um processo simultaneamente lógico e psicológico, combina a racionalidade da lógica investigativa com a irracionalidade inerente à intuição e à paixão do sujeito pensante; une cognição e afetividade num ato específico, próprio do ser humano”. (Alarcão, p.3).
Através do portfólio de aprendizagem, temos a oportunidade de registrar nossas reflexões a partir da construção de novos conhecimentos ou a partir do surgimento de inquietações. O registro destas reflexões, através das postagens, nos possibilita um trânsito livre entre nosso pensamento anterior e atual, pois sempre temos a oportunidade de retomar alguma postagem antiga e verificar o que pensávamos, e, mais uma vez, refletir sobre o mesmo assunto, verificando se ainda pensamos da mesma maneira, se algo mudou, ou se permanecemos com a mesma dúvida.

ALARCÃO, Isabel. Ser professor reflexivo. Editora Porto. Porto, Portugal, 1996.